quinta-feira, maio 25, 2006

 

Dino-Dinamite

Meia dúzia de linhas davam conta, n’ «O Público» de domingo passado, que o actor Francisco Adam, o Dino da série juvenil «Morangos com Açúcar», morto na madrugada do domingo de Páscoa num acidente de viação que mobilizou meio Portugal adolescente até à sua aldeia natal para assistir ao enterro, que teve – inclusive – honras de ser filmado em directo para um canal de televisão qual figura de Estado, afinal não estava assim tão «inocente» da sua morte como isso. Passo a explicar;
Naquela altura, chocou muitas centenas de pessoas que a vida de alguém tão jovem tivesse sido ceifada de forma tão cruel, para mais que «o actor apenas havia bebido água na sessão de autógrafos dada previamente à fatalidade». Assim o assegurava o dono do estabelecimento onde a mesma tivera lugar.
Mas ao que parece, os resultados da autópsia vieram revelar que no organismo do falecido permaneciam vestígios dum pozinho branco chamado «cocaína», que poderá ter sido determinante na falta de reflexos do condutor e o fez ir em frente num entroncamento e despistar-se, esborrachando-se entre duas árvores.
Cada um lá terá a sua opinião, mas eu cá julgo que talvez fosse boa ideia começar a alertar os milhares de jovens adictos desta série que os seus heróis não são exactamente modelos a seguir na vida real; esta «meia dúzia de linhas» não devia ser abafada com paninhos quentes, porque se actores como este são referências para tantos miúdos, com eles existe também uma responsabilidade acrescida no modelo de vida que dão.
E este não seria um caso pontual. Ao que consta, outra estrela da mesma série comemorou o seu aniversário há uns meses, no «privado» duma discoteca da moda em Lisboa, e quem fosse à casa-de-banho da mesma, poderia assistir ao espectáculo degradante de ver vários «morangos» a snifarem linhas de coca na bancada do lavatório.
Será mesmo este género de modelos que queremos para os adultos de amanhã?

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