sexta-feira, setembro 15, 2006

 

Optimus Open Air

Passado um ano, a Av.24 de Julho enche-se novamente de lanternins encarnados criando uma penumbra misteriosa para quem passe na zona de Santos, e, atravessando para lá da linha de comboio, no Terrapleno, o Optimus Open Air estende-se por uma área vasta e desafogada, com vista para o Tejo.
Desta feita realizado em Setembro (e não em Junho), mas com o dobro da duração anterior, durante 15 dias podem assistir-se, por 9 euros, a filmes de géneros variados - alguns em ante estreia.
Este foi o caso de «Armadilha em alto mar», que conta a história de um grupo de amigos que vão de fim-de-semana num iate, sendo que uma delas tenta vencer o pânico que sente da água, fruto de um trauma de infância onde prdeu o pai. A dada altura, decidem todos ir tomar banho, esquecendo-se de lançar a escada de subida.
Quando se apercebem da situação em que estão, uns entram em pânico, outros em estado de choque, alguns mais dinâmicos procuram uma solução prática que os salve de morrerem afogados. Para pior o cenário, a filha recém-nascida dum casal ficou sozinha no barco.
Baseado em factos jurídicos, não era um filme que fosse ver ao cinema porque é demasiado angustiante e ao fim do dia (para mais agora de trabalho!) apetece ver cenas mais bem dispostas, mas valeu a pena pelo recinto, que sofreu grandes melhoras, especialmente a zona lounge - logo à entrada - que convida a afundar-nos nuns puffs na conversa com um grupo de amigos.
Até dia 23 deste mês.

 

«Boavista 132»

O nome pode induzir o comensal em erro, porque não só não se encontra no Porto, como a «vista» não é boa nem má, é inexistente, uma vez que o restaurante se encontra mais ou menos nivelado pelo passeio.
Contudo, o «Boavista 132» serve almoços ligeiros e jantares somente para grupos, e com reserva antecipada. A decoração é moderna, o ambiente freco e o espaço partilhado com uma galeria de arte moderna.
A comida é simples mas caseira, despretensiosa mas em boas doses.
Quem venha do Cais Sodré para Santos, fica na rua de São Paulo, 50m antes do «B.leza».

terça-feira, setembro 12, 2006

 

Regresso às aulas...ou não

Num ano normal, estaria nesta altura a encher-me de cadernos e canetas novas, atarantada entre uma gama de dossiers semelhantes a um arco-íris, sem saber qual escolher, calcorreando todas as livrarias de Lisboa em busca dos manuais escolares indicados..., enfim o que afinal fazem milhares de outros estudantes portugueses.
Contudo, neste Outono foi diferente. Já não há aulas. Acabou-se o colégio, o liceu, a faculdade. Acabou tudo. Agora sinto-me como uma personagem dum livro, pois (ainda) não sou eu que todas as manhãs me levanto às sete e meia (e não às nove), tomo o pequeno-almoço a correr (e não nas calmas), calço uns sapatos de salto alto e umas calças vincadas (em vez duns jeans e duns ténis) e saio de casa rumo ao escritório. «Sôtora». Sim, porque é isso que sou agora, uma «sôtora». juntando-me a outros tantos milhares de compatriotas.
Esta manhã, vinha descendo a avenida que conduz ao escritório, quando passo por uma escola primária onde era o primeiro dia. Os pais traziam as crianças pela mão, umas a choramingar, outras mais comunicativas, outras ainda meio adormecidas, e no pátio dois cenários distintos reinavam: à esquerda, grupinhos que já se conheciam a brincarem, e noutra metade eram só crianças que não despegavam da perna do respectivo progenitor.
A analogia com a sociedade«dos crescidos» pareceu-me (surpreendentemente!) clara: os mais velhos e os mais novos, integrados ou ainda à parte, a medirem-se à distância ou já com o maior à-vontade. Os so-called «adultos de amanhã».

This page is powered by Blogger. Isn't yours?