terça-feira, setembro 12, 2006

 

Regresso às aulas...ou não

Num ano normal, estaria nesta altura a encher-me de cadernos e canetas novas, atarantada entre uma gama de dossiers semelhantes a um arco-íris, sem saber qual escolher, calcorreando todas as livrarias de Lisboa em busca dos manuais escolares indicados..., enfim o que afinal fazem milhares de outros estudantes portugueses.
Contudo, neste Outono foi diferente. Já não há aulas. Acabou-se o colégio, o liceu, a faculdade. Acabou tudo. Agora sinto-me como uma personagem dum livro, pois (ainda) não sou eu que todas as manhãs me levanto às sete e meia (e não às nove), tomo o pequeno-almoço a correr (e não nas calmas), calço uns sapatos de salto alto e umas calças vincadas (em vez duns jeans e duns ténis) e saio de casa rumo ao escritório. «Sôtora». Sim, porque é isso que sou agora, uma «sôtora». juntando-me a outros tantos milhares de compatriotas.
Esta manhã, vinha descendo a avenida que conduz ao escritório, quando passo por uma escola primária onde era o primeiro dia. Os pais traziam as crianças pela mão, umas a choramingar, outras mais comunicativas, outras ainda meio adormecidas, e no pátio dois cenários distintos reinavam: à esquerda, grupinhos que já se conheciam a brincarem, e noutra metade eram só crianças que não despegavam da perna do respectivo progenitor.
A analogia com a sociedade«dos crescidos» pareceu-me (surpreendentemente!) clara: os mais velhos e os mais novos, integrados ou ainda à parte, a medirem-se à distância ou já com o maior à-vontade. Os so-called «adultos de amanhã».

Comments:
Dá-lhe "sôtora". Boa sorte para quilo que queiras ser "quando fores grande". Bjs.
 
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