quinta-feira, maio 25, 2006

 

«A Paródia»

Comprado há um par de anos por um casal jovem, o Pedro e a Filipa, ao antigo dono do «Pavilhão Chinês»; aliás, nem era preciso dizer, pois quem conheça este último e entre naquele, denota logo o mesmo género de ambiente, o mesmo tipo de decoração. A sua gerência é alternada quinzenalmente entre os proprietários e outra parelha amiga.
Chegados ao fim da rua do Patrocínio, em Campo de Ourique, do lado esquerdo, antes da igreja, um pequeno toldo rendilhado «bordeaux» com um candeeiro em latão pendente por cima chama-nos discretamente a atenção para este refúgio.
A porta está sempre fechada, é preciso tocar à campainha. O Pedro está ao balcão, quem costuma atender é a Filipa. Um bocado sisuda para os clientes que não são habituais, lá nos indica uma mesa onde podemos sentar-nos.
A sala não é muito grande, toda forrada de papel cor-de-vinho, com bancos estofados em veludo da mesma cor, a iluminação é coada através de candeeiros amarelos-pardacentos, e a decoração à base de posters de jazz e milhares de caixas de fósforos (vazias, espero eu) coladas às paredes. Na saleta adjacente, os acordes animados dum piano convidam a uma espreitadela.
Nota-se que as pessoas que lá vão são mais ou menos sempre as mesmas, pois o ambiente é um bocado familiar, mas é um lugar simpático para tomar um copo a qualquer hora da noite, uma vez que só fecha às sete, e tem umas tostas mistas fantásticas para matar a fome «da madrugada».

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