sábado, junho 24, 2006

 

Velocidade Furiosa - Ligação a Tóquio

O portal "Lisboa Jovem" comemorou, na semana passada, um ano de existência, e para assinalar essa data promoveu a ante-estreia do filme "Velocidade Furiosa - Ligação a Tóquio" no cinema Roma, precedido dum lanchinho (pomposamente entitulado no convite de «canapés»).
À entrada reinava a maior confusão, pois alguns modelos de tunnings haviam sido lá expostos, e muitos transeuntes paravam para admirarem as «bombas». Lá dentro, a fauna parecia retirada das personagens do filme: as palas dos bonés viradas ao contrário, e insistentemente assentes na cabeça, apesar de estarmos dentro de casa, das orelhas dos rapazes pendiam argolas douradas com cruzes de penduro, as calças com o gancho pelos joelhos e nos pés sapatilhas «última geração». Acho que se chama estilo «street wear» e agora está muito em voga.
A pobre empregada de serviço mal conseguia circular na sala com as bandejas cheias, pois ainda não saíra da copa, logo era assaltada por bandos de esfaimados que pareciam não se alimentarem há dias, já que sacavam autênticos punhados de doces e salgadinhos.
Já no interior do cinema, um cartaz curioso no elevador para deficientes informava que aquele estava «fora de serviço» aconselhando os utentes deficientes a procurarem «outros acessos» para entrarem. (Que não existiam, pelo que tiveram de servir as saídas de emergência em caso de incêndio).
O público demorou a acalmar-se, e só o barulho ensurdecedor dos carros a derraparem em curvas de parques de estacionamento, a par do bulício nocturno da capital do mundo Oriental sossegou os ânimos. Para o género de filme que é, está bom - prende a atenção do princípio ao fim, não deixando o espectador «descolar da cadeira» até ao final.
Antes de aparecer o genérico, umas notas chamam a atenção que todas aquelas arrojadas manobras foram efectuadas em circuitos fechados, sempre com duplos, e que nunca deveriam ser tentadas. Muito pedagógico, de facto.
Até porque no dia seguinte, quando ia para a o rio fazer o jogging matinal, me deparei com um choque frontal entre um jeep e um saxo, no viaduto na Infante Santo, que deixou o último desfeito e aquela via cortada por mais de duas horas. Um dos carros havia desrespeitado o máximo de 40kms/h ali imposto, e perdera o controlo. Como este, todos temos - decerto - conhecimento de acidentes provocados por «velocidades furiosas» em que o travão teria ajudado muito.

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