domingo, julho 02, 2006
Caça à multa
Há cerca de 10 dias tive a (dolorosa porque sentimental) experiência de me desfazer do meu primeiro carro; mas a vida é mesmo assim, feita de mudanças, e já me estou a habituar ao meu novo bólide, e o mais importante – ele a mim!
Conduzindo pela primeira vez pela cidade fora, passei por casa dos meus avós a fim de lhes ir levar um recado. Enveredando pela «Praceta Nuno Rodrigues dos Santos», a Sete Rios, e depois de três desesperadas voltas à mesma a fim de encontrar um lugar de estacionamento, rendi-me às evidências de que, estando o local em construção não havia outra maneira que juntar-me ao caos onde se encontravam os outros carros, perfeitamente alinhadas em cima duma lingueta de passeio que serve para contornar a praça, uma vez que os camiões das obras haviam ocupado por completo a maioria dos lugares destinados aos carros.
Quinze minutos volvidos, e quando torno ao carro, apenas um espaço em branco me aguarda. De carro, nicles. Por momentos, achei que estava tendo uma alucinação, pois não era possível um objecto daquele tamanho eclipsar-se assim, dum momento para o outro, sem uma explicação aparente. E acreditar que mo tinham roubado, parecia igualmente inverosímil.
Ainda tento encontrar algum polícia que me pudesse dar uma explicação, mas como não se avistava vivalma, restou-me percorrer os parques de Lisboa para onde rebocam carros, na esperança de lá encontrar o meu, o que ocorreu à terceira tentativa – óbvio que não esperava encontrar um post-it no lugar vazio a dizer-me onde procurar o que ali estava, mas é demasiado…penoso, diria eu, andar dum lado para o outro, na ânsia de encontrar um automóvel, caramba!
Mas dizia eu, lá dei com o carro no parque na polícia municipal junto da mesquita. Uma vez sentada à frente do Sr. Agente responsável pelo «meu caso», passaram mais 75 minutos até me encontrar novamente ao volante. E desembolsei 90 euros. NOVENTA, leram bem, 30 destinados à polícia, o restante ao Ministério da Administração Interna. A quantidade de recibos e termos de responsabilidade que foram precisos assinar foram inacreditáveis, assim como não dava para conceber como era possível que um departamento da polícia ainda passasse recibos à mão, em vez de os imprimir pelo computador.
Vá lá, vá lá, «Livro Amarelo» já tinham, pelo que pude expressar toda a minha raiva e fúria, por ver o meu carro rebocado em 15min enquanto os restantes – também mal parqueados – lá ficaram mas sobretudo, porque a (ex?) Ministra da Educação habitava num daqueles edifícios e exigia, à data, dois lugares completamente disponíveis à sua porta, para não ter de dar à perna pela praceta fora. Que rico estado (socialista) democrático nós temos…!
Conduzindo pela primeira vez pela cidade fora, passei por casa dos meus avós a fim de lhes ir levar um recado. Enveredando pela «Praceta Nuno Rodrigues dos Santos», a Sete Rios, e depois de três desesperadas voltas à mesma a fim de encontrar um lugar de estacionamento, rendi-me às evidências de que, estando o local em construção não havia outra maneira que juntar-me ao caos onde se encontravam os outros carros, perfeitamente alinhadas em cima duma lingueta de passeio que serve para contornar a praça, uma vez que os camiões das obras haviam ocupado por completo a maioria dos lugares destinados aos carros.
Quinze minutos volvidos, e quando torno ao carro, apenas um espaço em branco me aguarda. De carro, nicles. Por momentos, achei que estava tendo uma alucinação, pois não era possível um objecto daquele tamanho eclipsar-se assim, dum momento para o outro, sem uma explicação aparente. E acreditar que mo tinham roubado, parecia igualmente inverosímil.
Ainda tento encontrar algum polícia que me pudesse dar uma explicação, mas como não se avistava vivalma, restou-me percorrer os parques de Lisboa para onde rebocam carros, na esperança de lá encontrar o meu, o que ocorreu à terceira tentativa – óbvio que não esperava encontrar um post-it no lugar vazio a dizer-me onde procurar o que ali estava, mas é demasiado…penoso, diria eu, andar dum lado para o outro, na ânsia de encontrar um automóvel, caramba!
Mas dizia eu, lá dei com o carro no parque na polícia municipal junto da mesquita. Uma vez sentada à frente do Sr. Agente responsável pelo «meu caso», passaram mais 75 minutos até me encontrar novamente ao volante. E desembolsei 90 euros. NOVENTA, leram bem, 30 destinados à polícia, o restante ao Ministério da Administração Interna. A quantidade de recibos e termos de responsabilidade que foram precisos assinar foram inacreditáveis, assim como não dava para conceber como era possível que um departamento da polícia ainda passasse recibos à mão, em vez de os imprimir pelo computador.
Vá lá, vá lá, «Livro Amarelo» já tinham, pelo que pude expressar toda a minha raiva e fúria, por ver o meu carro rebocado em 15min enquanto os restantes – também mal parqueados – lá ficaram mas sobretudo, porque a (ex?) Ministra da Educação habitava num daqueles edifícios e exigia, à data, dois lugares completamente disponíveis à sua porta, para não ter de dar à perna pela praceta fora. Que rico estado (socialista) democrático nós temos…!
Comments:
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Tatiana nesta praceta onde tu deste voltas ao carro, mora a menina do coelho (Sara). n me lembro do nºda porta mas é o prédio por cima da segunda entrada de garagem.....no 1º esquerdo(???)
N me digas q a tua avó mora no mesmo prédio?
entretanto devo dizer que continuas bem inspirada e mordaz nas análises q fazes.
N me digas q a tua avó mora no mesmo prédio?
entretanto devo dizer que continuas bem inspirada e mordaz nas análises q fazes.
Aquilo que realmente me chateia é que a ex-ministra escuda-se num qualquer artigo legal para poder ter isso; e tu minha cara Tatiana és apenas mais uma vítima das mordomias de algumas pessoas......mas para a próxima q passares lá q tal um bilhetinho num carro nesses 2 lugares???
Gonçalo, u're back!!!!!!
O meu fã nº1 já fazia falta aqui a comentar os meus posts, que isto de vir cá lê-lo é fixe, mas deixar comentários é pa mim muitíssimo gratificante - sejam eles bons ou maus, cm é o caso do anónimo que me ia espancando por eu não saber que o Ministro da Saúde não aprecia «a bola»...
Qto à amiga do coelho, é provável que sejam vizinhos, sim - não que eu queira fazer aqui alarde donde moram os meus vovós, mas prometo que se vir uma miúda de coelho "def" ao colinho gritarei: «Sara! Tás com uns caracóis perfeitos! Espero que não tenham espoletado demasiado stress em ti!»:p
Bjinhos e vai comunicando, sim?
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O meu fã nº1 já fazia falta aqui a comentar os meus posts, que isto de vir cá lê-lo é fixe, mas deixar comentários é pa mim muitíssimo gratificante - sejam eles bons ou maus, cm é o caso do anónimo que me ia espancando por eu não saber que o Ministro da Saúde não aprecia «a bola»...
Qto à amiga do coelho, é provável que sejam vizinhos, sim - não que eu queira fazer aqui alarde donde moram os meus vovós, mas prometo que se vir uma miúda de coelho "def" ao colinho gritarei: «Sara! Tás com uns caracóis perfeitos! Espero que não tenham espoletado demasiado stress em ti!»:p
Bjinhos e vai comunicando, sim?
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