segunda-feira, agosto 28, 2006

 

Voo 93

Recriando o que se supõe ter acontecido com um avião que não chegou a embater no Capitólio, no dia 11 de Setenbro de 2001, devido aos passageiros se terem dado conta que eram alvo duma operação terrorista e se terem revoltado contra os assassinos, tendo conseguido que a aeronave se despenhasse num descampado agrícola, este filme, que no fundo funciona mais como documentário, tenta recriar praticamente em tempo real, o que se passou nessas horas.
O elenco é composto em parte por familiares das vítimas, o que dá, por um lado uma maior emotividade ao pânico que é sentido a bordo, e nos telefonemas que são feitos para casa, a fim de se despedirem dos entes mais queridos, a partir do momento em que as pessoas se apercebem que o avião em que viajam não vai mais aterrar.
Por outra parte, papéis há que são desempenhados pelos detentores reais dos cargos, como é o caso do dirigente da torre aérea de controlo.
Na minha opinião, estes dois traços trazem, não só autenticidade a um filme que já de si trata de factos verídicos, como é uma forma original de prestar homenagem às vítimas, sem nunca as tornar "heróicas" ao longo da fita (erro em que caem muitas vezes as pessoas quando tentam evocar actos levados a cabo por falecidos).
Talvez pelos efeitos especiais a que o cinema já tanto nos habituou, o espectador se sinta um pouco "desiludido", pois as cenas são pobres em espectacularidade. Ainda assim, a crueza da realidade retratada é capaz de compensar essa simplicidade, levando-nos a reflectir mais uma vez sobre aquele que foi o maior ataque terrorista alguma vez conjecturado.

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