domingo, outubro 29, 2006

 

«LITTLE MISS SUNSHINE»

Recomendada a ver este filme por um amigo, lá me arrastei numa segunda-feira às dez da noite (the so-called horário pós laboral) até ao Corte Inglês trazendo «pelo pescoço» o meu namorado, esperando mesmo que aquilo valesse alguma coisa (ou a alternativa seria ver um tal de «V de Vedetta» no dia seguinte…).
Valeu muito a pena!
Conta a história duma menina de doze anos cujo sonho é ganhar o primeiro prémio num concurso de beleza de «mini-misses», e assim arrasta toda a família numa road-trip inesperada através de dois dias de viagem pelos Estados Unidos.
A sua «célula familiar» é, entretanto, totalmente destorcida e desequilibrada, exactamente o oposto to “American dream”: o pai um empresário falhado que leva a família à ruína depois de investir todas as poupanças num negócio onde pretende lançar um programa intitulado “Os nove passos para atingir o sucesso”, a mãe uma fumadora inveterada, o irmão um adolescente rebelde e revoltado que resolve fazer um voto de silêncio até conseguir chegar à Força Aérea, até descobrir que é daltónico e ver a sua ambição ir por água abaixo, um tio gay que falha uma tentativa de suicídio após descobrir que o seu namorado o trocou por outro e lhe tomou o lugar académico após a publicação fulgurante dum livro, e por fim, um avó perfeitamente pervertido e tarado, que lê revistas pornográficas enquanto aconselha o neto a «”comer” o máximo de gajas que puder», e snifa cocaína na casa-de-banho, antes de se deitar.
A viagem é o delírio, pois o carácter dos personagens está constantemente a chocar com os dos outros, e com o desenrolar da história nota-se uma clara evolução na maneira de ser de cada um, no sentido de melhor se adaptar À convivência em conjunto como família que são (em comparação com a desagregação inicial), sendo que a única personagem plana acaba mesmo por ser a criança, em torno da qual gira toda a história.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?